Do que voltou
Deixei que a noite lhe cravasse as garras, o impugnasse secretamente ao som de um carrossel abandonado, um café borbulhante que suga estas penetrantes amaras… Despedi-me dele, infinitamente, após o espelho me avisar da triste figura que ostentava solenemente… O olhar raiada era triste, desamparado pelos sorrisos, de longínquos amigos, agarrados apenas à noite que abraçou o dia, para não morrer quando este fosse, pela última vez, nascer… Quantas rugas e histórias, lágrimas e memórias, em tons de cinzento e violeta, em sons de uma baioneta rombuda e gasta, que se despede: “hasta!” A corja voltou, descendo dos céus inferiores em urros sujos e delatores, em frondes altaneiras da ebriedade que voltou… Gasta-o vida aos olhos do sorriso que partiu, o corpo que o sustenta e alimenta, pede à alma que o atiça e aos soluços do parto, que o acaricie e dignifique, que o esquarteje e mortifique… Oh noite, esses teus amigos inquietos são filhos de quem? ...