O facto do nada
Isto não é poesia,
de facto não é nada
que minhas mãos possam tecer…
É uma dor fininha
que cala o silêncio,
transmuta a ilusão
em folhas negras de jornal,
isto não é o bem
nem tão pouco o mal…
As rugas na caneta
que escreve o destino,
em longo traço fino,
são pedras e sombras
molhadas,
fruto do ventre podre
de turvas águas passadas…
Mesmo o cerrar dos olhos
na claridade artificial,
ou na noite, é tudo igual,
não traz por si os sonhos,
mas sim fantasmas
enormes
irreais,
medonhos…
de facto não é nada
que minhas mãos possam tecer…
É uma dor fininha
que cala o silêncio,
transmuta a ilusão
em folhas negras de jornal,
isto não é o bem
nem tão pouco o mal…
As rugas na caneta
que escreve o destino,
em longo traço fino,
são pedras e sombras
molhadas,
fruto do ventre podre
de turvas águas passadas…
Mesmo o cerrar dos olhos
na claridade artificial,
ou na noite, é tudo igual,
não traz por si os sonhos,
mas sim fantasmas
enormes
irreais,
medonhos…
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