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A mostrar mensagens de abril, 2024

Floresce o homem rebelde...

Floresce o homem rebelde entre as frestas nos arcabouços da clausura, do planalto às lezírias, em mares ígneos navegados espelhando tímidas lágrimas coloniais, rostos mancebos sulcados lavravam saudades lívias de pai e mãe e dos torrões matinais arados. Na floresta de salgueiros e maias um exército pacífico de bravos, forja em silêncio desejado armas que florirão cravos. De frente mirando o horizonte, à sombra do esquecimento uma nação, comandavam o progresso da paz armados de abril em brasão. Silenciada a amargura de uma boca esfomeada ou cúspide ditadura, alcançou-se em regozijo tranquilidade celeste, porque o infinito não tem idade se despojado veste a nudez da liberdade.   (poema 25 de Abril, para actividade na Esc. Sec. Penafiel)

Geografia

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“Geografia", felizes encontros na minha secção Crónica do Nada , no Correio do Porto. Estaciono sob os chilreios floreados de plantas que desconheço, atrás do gradeamento que sorri metalicamente com as brincadeiras dos miúdos na hora do intervalo entre aulas. Está o planeta, pelo menos neste hemisfério, na Primavera, assim como a canalhada, floreando, sem grandes preocupações com os Outonos futuros que lhe trarão tonalidades acinzentadas. Aguardo à entrada que me atendam. A porta aberta ao público obriga-se a controlar fluxo de entradas e saídas, o progresso chega a todo o lado. Contei vários equinócios de Março, já, no entanto, vejo-me sempre criança à porta de uma escola, como se o tempo me conhecesse apenas agora, miúdo, sem nunca saber fazer-me graúdo. Envergonhado, vou percorrendo memórias de Abril por quem nunca as viveu, senão pelos cravos dos livros de História. Escondo-me atrás da aparência adulta, rodeiam-me sonoridades e trinados que sobem e descem patamares, degraus, a