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A mostrar mensagens de janeiro, 2010

Alma Tua

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Olá! Deixa-me que te fale um pouco do vale do Tua. Este vale, o rio Tua e a linha com o mesmo nome, bem como uma boa parte da população do Nordeste Transmontano, estão ameaçados pelo abandono a que há muito são condenados por parte do poder político e mais recentemente pela ameaça da construção de uma barragem. Esta barragem irá inundar o vale do Tua, submergindo a maior parte da linha férrea, e alterando irremediavelmente uma paisagem única, verdadeiro património da humanidade. Estou a desenvolver um projecto de texto (prosa e poesia) e fotografia sobre o vale do Tua. Este projecto é desenvolvido em parceria com o meu amigo Norberto . Sendo o Norberto Transmontano de nascença e eu de coração, estamos obviamente preocupados com a actual realidade ou sina, do vale do Tua. O nosso projecto, procura mostrar um pouco da beleza das terras, das gentes e da sua alma e sensibilizar para a sua salvaguarda. Visitem-nos em http://www.almatua.com Trata-se do site de promoção do nosso projecto, q
Acordo quase todos os dias às 5:32... Há uma semana. 5:32. Adormeço. Depois acordo com o despertomóvel (mistura de despertador com telemóvel) a hora indefinida. Indefinida porque ele toca, coitado, toca, coitadinho, mas nem sempre me levanto à hora que ele quer. E, invariavelmente, ando pelos montes de trás, lá para cima, onde mandam os que lá estão, a cortar mato ou, então, a andar numa carrinha pick-up, caixa fechada, com prateleiras de madeira e materiais presos, não vão os solavancos atirar de um lado para o outro a carga. Depois páro, buzino, quer dizer, nem sempre preciso de buzinar, ouvem-me chegar e vão chegando, bafo a bafo no ar frio, vultos negros de gente abandonada por gente...  Gostava de saber de onde vêm estas lembranças de coisas que nunca vivi e que me nascem sempre aos olhos. A paixão pelo interior. A paixão apenas. A necessidade das gentes, do horizonte. A necessidade de Ti.
Tenho em mim trevas e luz, pedaços de mundos que criei nas centelhas que não ascendem aos fogos que aticei. Tenho em mim trevas e luz, noites desiguais ao infinito nos caminhos ao largo do caminho onde mora ainda meu grito. Tenho em mim trevas e luz, no que está em tudo do meu nada, no eu que me conduz. Tenho em mim trevas e luz, na metade de um irreal é a tua mão inteira que me seduz...
Escondido ao dia amanheço com rasante lápis no olhar, escrevo as memórias que viverei sobre os passos seguros que não dei. Ainda que olhares vislumbrem não em mim, que não estou, estrelas no céu e este vazio que é meu, serei sempre do amanhã apenas e porque este que te redige hoje é pensamento que ainda não há.
55 posts em 2009... O número tem vindo a cair... E embora seja da opinião que o tamanho ou quantidade não contam, noto que te tenho vindo a deixar abandonado, apenas com a companhia dos que (segundo o hiStats) ainda aqui passam... Tanta "coisa" por dizer, escrever, mas vou rendendo-me à preguiça e à passividade de me deixar levar pela televisão ou por actividades infrutíferas. E de tantas actividades infrutíferas, sou eu, agora, que não dou frutos. Vou voltar, um dia, maior, melhor, mas hoje sou apenas isto, três parágrafos, palavras, cansaço e duas mãos.