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A mostrar mensagens de outubro, 2009
Chove. Chove e está frio.  Meto as chaves do carro no bolso das calças, as mãos de seguida, semicerro os olhos e avanço para debaixo das nuvens.  Chove.  Vou e venho já, no entanto, quando sair daqui sei que me encontrarei, aquele outro eu que vive quando chove.  Sim, chove.
Percorro meus próprios passos ao caminho que caminhei, nos olhos cerrados à noite de rostos amargos repercute ainda o horizonte que amei. Abraça-me o inefável e os corpos que vestiste antes deste dia, dá-me calor e torpor, mora em mim, na oitava nota da utopia.
Podo os restos do Verão que se escapam da minha mão, ausculto o vento e o teu olhar, terás ainda em ti o momento? Serei eu tempo por terminar?

Coisas não coisas que nos fazem pensar

Sonhador da Montanha Oriah "Não me interessa saber o que você faz para ganhar a vida. Quero saber o que você deseja ardentemente, se ousa sonhar em atender aquilo pelo qual seu coração anseia. Não me interessa saber a sua idade. Quero saber se você se arriscará a parecer um tolo por amor, por sonhos, pela aventura de estar vivo. Não me interessa saber que planetas estão em quadratura com sua lua. Quero saber se tocou o âmago de sua dor, se as traições da vida o abriram ou se você se tornou murcho e fechado por medo de mais dor! Quero saber se pode suportar a dor, minha, ou sua, sem procurar escondê-la, reprimi-la ou narcotizá-la. Quero saber se você pode aceitar alegria minha ou sua; se pode dançar com abandono e deixar que o êxtase o domine até as pontas dos dedos das mãos e dos pés, sem nos dizer para termos cautela, sermos realistas, ou nos lembrarmos das limitações de sermos humanos. Não me interessa se a história que me conta é a verdade. Quero saber se consegue desapont