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A mostrar mensagens de dezembro, 2006

Feliz Natal

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Quem não está na minha lista de email, não recebeu o email, por isso aqui vai. Que este Natal e Novo Ano que inicia, acima do consumismo tradicional, independentemente da nossa religião ou falta dela, possamos parar um pouco e perceber que os nossos passos na vida só fazem sentido se ecoarem noutros passos, que as nossas palavras podem ser mais que fonética, mas sim amizade sincera e despojada e que os nossos gestos podem reverberar de facto aquilo que somos. Não estamos sozinhos… Estamos uns com os outros. Então que tal fazer do nosso interior um local melhor para habitarmos e também recebermos? Desejo-vos tudo de bom, Miguel Gomes

Ameaça mortal

É de mim ou nós, seres-humanos (escrevo propositadamente com hífen, para não se confundir com o ser de existir, pois nós até existimos enquanto humanos, mas parece-me que somos menos humanos) vivemos a defendermo-nos de nós mesmos? Escudamo-nos perante os outros, como se eles, os outros, nossos semelhantes em mais do que aparência física, mas em essência, fossem uma outra espécie mortal e mortífera (embora não pareça, são coisas diferentes, mortal pode ou não matar, mas mortífera mata mesmo, alguns só com o olhar), sanguinária e incompatível com a nossa presença neste mesmo cubículo a que uns chamam mundo… É de mim ou parece que vivemos em realidades diferentes? Não existe um único projecto para preservação deste planeta e de nós mesmos, enquanto habitantes da mesma “aldeia”. Cá por mim, gosto de descobrir tempo para algumas coisas, como parar perto de um senhor com cara assustada, num Multibanco, ajudá-lo e ouvi-lo dizer: “não percebo muito destas coisas”, ou ainda “e porqu

Riqueza(s)

Dou por mim num pós-jantar, onde se discutem aplicações financeiras, planos poupança, reformas, seguros, etc. Fiquei a saber que sou pobre.  Eu, que pensava que a maior riqueza do ser humano estava à distância de um abraço.

Pensamentos de Ghandi

"Nada tenho de novo para ensinar ao mundo. A verdade e a não-violência são tão antigas quanto as montanhas. Tudo o que tenho feito é tentar praticar as duas na escala mais vasta que me é possível. Assim fazendo, errei algumas vezes e aprendi com os meus erros. Toda a minha filosofia, se é que se pode dar este nome pretensioso, está contida no que tenho dito." "O amor é a força mais abstrata, e também a mais potente que há no mundo." "O amor e a verdade estão tão unidos entre si, que é praticamente impossível separá-los. São como as duas faces da mesma moeda." "O amor é o meio, a verdade é o fim. Se usarmos o meio, cedo ou tarde chegaremos ao fim, à Verdade, a Deus." "O caminho da paz é o caminho da verdade. Ser honesto é ainda mais importante do que ser pacífico. Na verdade, a mentira é a mãe da violência. Um homem sincero não pode permanecer violento por muito tempo. Ele vai perceber, no curso de sua busca, que não tem necessidade

Ruas

Antes de começar a fazer algum trabalho, tenho que colocar as paisagens que vejo no "papel", para poder dedicar-me com mais atenção às tarefas. Este tempo, não o Natal, mas esta época. Hum. Que delícia, não só pelos chocolates, mas pela doçura das nuvens, chuva, frio e das paisagens que vejo. Deixo o carro parado e percorro as ruas a pé, deixo que as ervas me molhem as calças e os pés fiquem molhados, deixo a terra ranger sob os meus passos e o guarda-chuva não consegue amparar-me de toda a chuva, o que faz que até as mãos que seguram o guarda-chuva fiquem molhadas. Uma rajada de vento verga o guarda-chuva, que fica com as varetas torcidas e, assim, sem que me abrigue, pouso-o num caixote do lixo e continuo. Uma nova rajada de vento faz-me baixar a cabeça e semi-cerrar os olhos e quando por fim o vento amaina, ergo a cabeça, mas é já outra paisagem que vejo. Caminho ladeado por altos muros de pedra, num caminho lamacento, com vestígios de animais terem passado por lá. N