Cont(estacão)
Contesto a decisão do meu corpo em querer dormir. Há tanto céu nocturno por escrever. Ainda que dormindo me desprenda deste corpo e vagueie por aí, nunca encontro as palavras que, construindo-as, completem as frases que trago agarradas à minha ânsia de acordar, do sono e da vida. Oro. Vigio. Para descobrir que a oração é-a sem a ser e a vigília começa quando adormece o último vigilante. Valha-nos ou valha-me a retina, a porta da alma que não esconde quem por detrás da vida vive ou deixa viver, para saber, aqui sentado comigo e com a melhor parte de mim, todos somos começo que jamais conhecerá fim.