M(um)dos

Guardo, enterrado em mim, enquanto prendo os pés descalços à terra ainda molhada, a esperança de um dia a chuva me fazer melhor que ser humano, talvez planta, sem raízes, talvez silêncio que espante e acalente infelizes, talvez eu, que guardo em mim, entre o nada e o nenhum, o calor da terra que respira, ainda, o ar que expiramos, e o poema construído por quem de dois se faz um.

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