A linha da minha vida
Os sulcos crus que me temperam a pele e a alma, o ruído de vida e faces novas a descoberto, um silvo que me rasga o sorriso em flocos de vapor e neblina. A cor das cores maior que uma Primavera, o prateado ondular de um rio num passeio agreste da vida por um fio. Chegou e partiu num local deserto e ermo, que me mova o carril e a travessa que me acalma o sonho, sem ter por onde partir serei morto e perfilhado dos montes e fragas, sem a certeza da cadência de um relógio a rugir, morrerá em mim qualquer curva que há-de vir. Serão de meus olhos a saída, a face crua e a alma nua, porque a linha da minha vida não é minha, é Tua…