Fortuna navegante

Estrada,
olhar,
um suspiro perdido
na face que te ocultar,
um sono eterno
que trazes contigo,
vacila no forte,
e na esteira do sorriso
entra-te o mar
e a sorte.

Levo riqueza comigo
e tinta,
que se estende na paleta
das mãos
e de um amigo,
em frases que calei entre vidas,
pendendo do sono
e a dormida,
pinto-te no firmamento
onde entras
com torpor,
a matiz que me respira sozinha
tem nome de sonho:
amor...

Falas onde outros não escutam,
oscilas anónima
nas ameias que te prescutam,
no cálido incolor entardecer
que baila no céu
da alma (da alma?),
apesar de perdido
por entre nuvens altas e dormentes,
rio-me do dia, da noite,
de mim, da morte
e é por teus olhos
que me entra o mar
e a sorte...

Comentários

José Lopes disse…
Não consigo comentar poesia, mas gostei da cores saídas da paleta que pintam aqui o amor.
Cumps
Anónimo disse…
O amor ronda todos os seres vivos. Bendito seja. Bj e bom fim de semana
BlueShell disse…
grata pela tua visita e pelas palavras. São momentos de dor pelos quais todos temos de passar...

Gostei do teu poema... "sono eterno" foi o que mais me chamou a atenção.

beijo azul e triste
Bshell
Marta Vinhais disse…
Porque nem sempre é fácil falar e fazer-se ouvir...
Numa mistura suave de cores e com o cheiro do mar....
Lindo...
Beijos e abraços
Marta

(Presumo que nos conhecemos do World Art Friends???"
Silvia Madureira disse…
Olá:

Falar de amor é muito comum. Mas...aqui falou-se de uma forma muito peculiar: ternura, suavidade e serenidade. Estes três postulados brotam em cada frase do teu texto.

beijo

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