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A mostrar mensagens de janeiro, 2012
Vejo todos os dias onde são ninguém,  arquivando viagens que bebi  por entre mundos de quem se tem dentro de um dia morno que te sorri.
De todas as capas que poderia vestir, assenta-me melhor a que não uso.
A meditação de um dia cabe em todas as linhas tortas onde, porventura deuses, tentaram escrever direito. O destino de uma viagem é saber-se jamais concluir uma caminhada, o mundo é redondo e nós, triângulos, obtusos.
A desaventurança de uma tarde cinzenta percorre todas as noites, ao relento, os montes alvos do sonho à procura de crepúsculos, para encontrar nos primeiros desabrochares de luz o final do infinito. Enquanto eu, irei um dia veranear pela vida, num outro corpo, que este desembarcou numa planície equivocada.
Um dia, eu, de tronco e ramos, vou deixar-me levar pelo vento para ser um quadro na parede de uma galeria soturna, abandonada, onde repousam cavaletes que me viram desenhar.