O comboio e o olhar permaneciam ligados pelo vento. Nada une mais dois objectos que o vento. O olhar aproxima, constrói, convida e toca. O comboio leva o olhar, no olhar e ao olhar de outras paragens, transporta consigo o olhar sem ter olhar próprio. Mas o vento, o vento é o único que consegue fazer o olhar transportar o comboio, sem carris, sem rede, apenas com um olhar fugidio cujas agulhas o carril nunca tricotou. Se ao menos o vapor...

Comentários

Anónimo disse…
Obrigada pela tua visita bj
Eli disse…
Que interessante!

Li o teu texto em voz alta!

:))
São disse…
Bonitas algumas das imagens!
Um abraço.
C Valente disse…
li o texto e soa quase a poema gostei
saudações amigas
QUERIDO JOSÉ MIGUEL, LINDO TEXTO/POETÍCO... ADOREI UM ABRAÇO DE CARINHO,
FERNANDINHA
vieira calado disse…
Um texto elegante com curiosas inversões, que apreciei.

Um abraço.
..."Mas o vento, o vento é o único que consegue fazer o olhar transportar o comboio..."

...texto muito bonito!
prosa poética encantadora!

...gostei imenso da expressão
"...cujas agulhas o carril nunca tricotou."

parabéns
xis létinha
Sofia disse…
Sim Miguel, a música é lindissima.
Como tu muito bem disseste, tem qualquer coisa de especial...

Bj
Anónimo disse…
Bonito texto! :)
*.*

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