Quero

Quero os silêncios malhados
e forjados
nas costas do destino,
quero a palma dos teus rios bravios
e o leito de desfiladeiros
onde desaguam
secos.

Quero o esquecimento dos dias
e das sombras das noites,
nos sinos que por ninguém dobram
o som aguado
da morte das mãos
e das foices.

Quero a chuva,
de uma estação abandonada
entre frestas do que seria,
de gente com alma caiada
e olhar de rebeldia,
pós e dores e ruídos e sei lá!
quem traça a linha que me separa,
do momentâneo agora
e do eterno já...

Comentários

Anónimo disse…
QUERO que nunca pares de escrever porque escreves muito bem!

Bjinhos com carinho
Anónimo disse…
E eu quero poder continuar vindo aqui todos os dias para me inspirar com tua sabedoria e com a doçura das tuas palavras.
Nova fã. ;-)
Zé Povinho disse…
Depois da tempestade vem sempre a bonança, depois da chuva, renasce e renova-se a natureza que ainda não conseguimos destruir.
Abraço do Zé
Anónimo disse…
Em cada dia renasce a esperança...Belo cantinho onde se palnta a boa poesia...

Beijitos
Andreia disse…
Há dias em que queremos pouca coisa... *
antónio paiva disse…
...

"Quero o esquecimento dos dias
e das sombras das noites,
nos sinos que por ninguém dobram
o som aguado
da morte das mãos
e das foices."

brilhante!

abraço.
pasta7 disse…
QUERO ler este poema muitas vezes!
abraço.

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