Mantra

Tenho na mão
a noite
em comum com um mantra,
ecoo em mim
quase sem me conhecer,
nos cantos da minha casa
doce
alma,
quem me habita?

Jugos
e burgos
que não pertencem à minha pele,
senão o poema que me impele
além de outra noite
e outra,
que pesos se agarram aos sonhos
pendurados nos meus olhos?

Escrevo-te breve,
como um espasmo voluntário
e um frio
que teima em não gelar,
como a brisa leve
e um sudário
deste porto
a naufragar...

Comentários

vieira calado disse…
Gostei do seu poema.
Simplicidade, fluidez, ritmo.
Um abraço
Silvia Madureira disse…
Tens algo importante no meu blog.
Um dia passarei aqui para te ler com mais calma.

beijo
José Lopes disse…
Que o mantra produza o efeito desejado.
Bom fds
Cumps
Olá José Miguel, gostei muito do teu poema.
Adorei!!!!!!!!
Beijinhos de carinho e ternura.
Fernandinha
Anónimo disse…
Que belo sentir o teu, Miguel!

Não te sabia 'ligado' às filosofias zen, aos 'mantras'...

Quem nos habita?! Sonhos de paisagens nunca vividas mas profundamente sentidas.

Sensibilizada por poisares teu olhar em 'noites do anoitecer'!

Uma boa semana

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