Floresce o homem rebelde...

Floresce o homem rebelde
entre as frestas nos arcabouços da clausura,
do planalto às lezírias,
em mares ígneos navegados
espelhando tímidas lágrimas coloniais,
rostos mancebos sulcados
lavravam saudades lívias
de pai e mãe
e dos torrões matinais arados.

Na floresta de salgueiros e maias
um exército pacífico de bravos,
forja em silêncio desejado
armas que florirão cravos.

De frente
mirando o horizonte,
à sombra do esquecimento uma nação,
comandavam o progresso da paz
armados de abril em brasão.

Silenciada a amargura
de uma boca esfomeada
ou cúspide ditadura,
alcançou-se em regozijo tranquilidade celeste,
porque o infinito não tem idade
se despojado veste
a nudez da liberdade.

 

(poema 25 de Abril, para actividade na Esc. Sec. Penafiel)

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