O vento queimado
ondula
as cinzas no olhar de quem não se vê,
a fuligem é tudo o que resta.
O respirado matinal
enrubescido
humilha o solitário tição exaltado,
a vaidade morreu.
O firmamento apagado
nubla
a pauta luminosa do que resta ao infinito,
este corpo não sou eu.
Cobre-se a vida na candura o branco e o invisível que perdura, sagrado o dia espreguiça-se pela tarde e é Deus (de quem tudo tive) que sussurra: a vida é o que em nós Vive.
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