Votar no abandono
“Votar no abandono”, a mais recente crónica no Canal N . – A minha promessa eleitoral é não votar no que nos vota ao abandono. – Terminou a frase com um baque surdo no balcão do minúsculo copo onde tinha sido servido o Favaios, o que está debaixo do balcão, por detrás do Favaios com rótulo. Como em tudo na vida, quando algo nos chega sem a etiquetagem do que se pretende publicitar traz em si a originalidade do sabor autêntico do que se é. E, nas pessoas, de quem se É. Pousadas as moedas no zinco, virou costas ao dono no café que olhava as sondagens encomendadas na televisão, todas similares, nas percentagens que representam as permilagens de quem vota, e nas cores dos partidos. – Basta chamarem-se partidos, para sabermos o que aí vem. – antes de sair pela porta de alumínio baço encimada por uma torradeira de moscas que bailam reluzentes antes de caírem inanimadas no tabuleiro. Boa sorte tem a quem boa morte vem. Nas mesas escuta-se – Este é sempre do contra. Se eles ganharem, agora é q...