É do futuro o entrelaçado passado que me soçobra, não pelo vento, nem a falta de alento, mas pelo que de mim me ausculta, vitrificado, o outro eu que não meu, teu enfim o infinito calado, como a palavra silenciada o meu cajado.
Guardo o olhar que choveste, deixo as nuvens florirem nos pastos faustos do destino, tacteio mãos e escuridões em busca de um dorso com outras mãos. Curvam-se as curvas da estrada e as margens que me separam da madrugada. Empobrece-me o nada à sombra e resguardo da minha alçada, no noctívago sentimento de aguardar, à candeia ténue da Lua, o suspiro inaudível da vida no meu peito a ancorar...
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