Para o colateral onde me viro em oração, entrego todo os dias iguais, sem mais, sem menos, ouvindo apenas o que me entrega o labor de silenciar o vento, nesta surdina abafada de um metal em brasa a expelir-se porque não me sei falar.
E, porque, digamos, pensando... (pausando)... sem me saber dizer e por isso solicitado em oral, sorrio o fim da tarde e deixo-me crepuscular de olhos fechados para que me auscultes na ausência de uma reticência. Foi distracção, andava a escutar uma lágrima tombada ao interior de um mundo apenas e só porque aquela nuvem me fez lembrar o céu, e de lá, donde vim, também a vida foi eu, nesta e noutras idades. E porque, enfim, também de mim sinto saudades.

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