Nada sucumbe mais.
As encostas do Douro precipitam-se de amarelo polinizado e eu deixo de me surpreender.
Cada curva sua sentença.
A facilidade do desaprendido cultiva-me a paz.
Talvez hoje, que não chove, surjas por detrás do tempo e arrastes contigo tudo o que ele traz.
Mas agora, agora mesmo, no silenciado universo meu leito, escorrem-se as sombras veraneantes.
Nada é como dantes.
Os encimados claustros sem caminho.
Vais longe, oh peregrino?
A loucura pratica-se na paciência, a certeza de uma polaridade que se esconde sob um capitel,
as valetas valetam gente
a multidão sobre o demente,
teremos em nós ainda uma divindade que se sente?
Quis-me Deus homem e não fraga,
e que faça eu, oh eterno,
se me ausculto no enrugado granito que te pariu
e te afianço pelos reflexos
onde ninguém te viu?

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