Fito-o mais uma vez, mestre Torga, a lombada amarelada de um livro branco sujo, como a neve que se derrete cansada de ser alva. 
Não permito que o sono me tombe sem, antes, talhar na retina com a mesma paciência do meu velho Garrinchas o caminho de volta para a terra. 
A cacofonia da ausência de verde vai-se desfazendo à medida que ondulo montes abaixo até uma encosta de simplicidade me permitir escutar o bater do bordão nas pedras gastas por serem caminho de ninguém. 
Quando este mundo me começa a fechar os olhos, faço-lhe a vontade, estico o braço ao frio o essencial apenas para alcançar o interruptor e, sereno, adormeço corpo e tosse na certeza de estar quase a acordar.

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