Diálogos desprováveis
Crónica de Domingo, na Bird Magazine.
- E o que te disseram eles?
- Disseram-me para conferir o estado das acções.
- E tu viste?
- Antes quis que eles me mostrassem as deles.
- E eles mostraram?
- Sim, um foi ao computador, abriu o browser e andou para lá a conferir se tinham subido e descido.
- E o outro?
- O outro foi ao telemóvel, uma aplicação qualquer que lhe mostrou que ele estava mais pobre por ter perdido o que não tinha tido.
- E depois, mostraste as tuas?
- Sim. (risos)
- E então?
- Pousei o telemóvel, sentei-me em cima do muro, fechei os olhos e estive assim uns largos segundos.
- Porquê? O que é que te disseram?
- Quando abri os olhos e saltei do muro não disseram nada.
- A sério?
- Sim. Mas eu quebrei o silêncio, disse-lhes que já estava, que tinha consultado as acções.
- Tu, cum camandro… Haja quem te entenda.
- Disse que lembrando aquilo que ainda não esqueci, tinha um saldo positivo.
- Positivo?
- Sim. Entre tudo o que fiz o saldo era positivo.
- Mas positivo como?
- Olha. Positivo. As boas acções são mais que as más acções.
- Oh pá, tu… Carago pá.
- E ainda rematei com uma boa que me saiu na hora.
- Conta.
- Disse que tenho um mercado enorme de acções à minha frente, que as transformo no que quiser.
- Como assim?
- Então? As minhas acções dependem de mim, eu torno-as boas ou más, positivas ou negativas, lá preciso de alguém que me venha dizer se sou rico ou pobre?
- Sinceramente... E eles?
- Disseram-me que não dava para falar comigo.
- Eu avisei-te. Tu e as ideias estúpidas.
- Porquê estúpidas?
- Oh, porque são, quem pensa assim? Que estupidez.
- Olha, foi isso mesmo que me disseram, que era uma estupidez.
- E depois?
- Mandaram-me à merda (risos).
- Lá andam com a razão deles.
- Fiquei mais rico ali mesmo.
- Como assim?
- Entre responder igual ou perdoar, optei por perdoar, ganhei!
- Mas ganhaste o quê?
- Ganhei mais uma boa acção. (risos)
- Oh pá, vai à merda!
- (risos)
- E o que te disseram eles?
- Disseram-me para conferir o estado das acções.
- E tu viste?
- Antes quis que eles me mostrassem as deles.
- E eles mostraram?
- Sim, um foi ao computador, abriu o browser e andou para lá a conferir se tinham subido e descido.
- E o outro?
- O outro foi ao telemóvel, uma aplicação qualquer que lhe mostrou que ele estava mais pobre por ter perdido o que não tinha tido.
- E depois, mostraste as tuas?
- Sim. (risos)
- E então?
- Pousei o telemóvel, sentei-me em cima do muro, fechei os olhos e estive assim uns largos segundos.
- Porquê? O que é que te disseram?
- Quando abri os olhos e saltei do muro não disseram nada.
- A sério?
- Sim. Mas eu quebrei o silêncio, disse-lhes que já estava, que tinha consultado as acções.
- Tu, cum camandro… Haja quem te entenda.
- Disse que lembrando aquilo que ainda não esqueci, tinha um saldo positivo.
- Positivo?
- Sim. Entre tudo o que fiz o saldo era positivo.
- Mas positivo como?
- Olha. Positivo. As boas acções são mais que as más acções.
- Oh pá, tu… Carago pá.
- E ainda rematei com uma boa que me saiu na hora.
- Conta.
- Disse que tenho um mercado enorme de acções à minha frente, que as transformo no que quiser.
- Como assim?
- Então? As minhas acções dependem de mim, eu torno-as boas ou más, positivas ou negativas, lá preciso de alguém que me venha dizer se sou rico ou pobre?
- Sinceramente... E eles?
- Disseram-me que não dava para falar comigo.
- Eu avisei-te. Tu e as ideias estúpidas.
- Porquê estúpidas?
- Oh, porque são, quem pensa assim? Que estupidez.
- Olha, foi isso mesmo que me disseram, que era uma estupidez.
- E depois?
- Mandaram-me à merda (risos).
- Lá andam com a razão deles.
- Fiquei mais rico ali mesmo.
- Como assim?
- Entre responder igual ou perdoar, optei por perdoar, ganhei!
- Mas ganhaste o quê?
- Ganhei mais uma boa acção. (risos)
- Oh pá, vai à merda!
- (risos)
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