Empobrecem-se as palavras
na venda das letras,
salpicam-se húmidas de encontro ao vidro
redoma
os dias comprados por metade,
dou por mim fruto
em árvore que arde.
Deito-me
sobre mim o peso da noite
ansiosa,
dia nasce!, suplica
vem lá, já, ditosa
a nascente da grafite
desinteressada queda de sonoros gotejares
colho-as maduras
puras,
o íntimo e o vago
o espelho à sétima reflecte
antes que mercantil a vaidade impere
arrumo no bolso o abraço,
aí vem um
que fere.

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