Recolho os montículos do que me cai
aparas de um dia
entre as vidências
quem se sofria
o abraçar das ausências
que se escorre colada aos lábios
como água
fria.
Calço-me do chão nu
gelado
onde contei as noites lavadas
salgadas
de um peito nascido cru
vago
passo finado
onde não cabem os grãos
que semeio,
nem as minhas mãos...
Nem as minhas mãos.

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