Há uma certa cumplicidade entre o que somos e o que vemos. Como se todo o caminho poeirento se engalanasse para receber novos olhares. Não pela pedra de onde brotam casas ou castas, mas pelo restolhar do vento nas vinhas e pela terra que se levanta em forma de pó e faz sentir, a cada golfada de ar quente, que em Trás-os-Montes nenhum ser está só.
Cobre-se a vida na candura o branco e o invisível que perdura, sagrado o dia espreguiça-se pela tarde e é Deus (de quem tudo tive) que sussurra: a vida é o que em nós Vive.
Comentários