Há ainda vida a escorrer pelos olhos de quem se quer ver.
Não obstante a rarefacção da luz, ainda dormem as duas cores de um só arco-íris, o limiar de um dia arfado, cansado, atado de pés e mãos ao nada que tudo prende.
A liberdade liberta-se a cada mão que nos toca de raspão, como se pedisse envergonhadamente licença ao esquecimento para ousar ser um pouco mais de corpo.

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