Vou caminhar a uma só letra. Passos correrão, certamente, para que do agitar da geada que se forma enquanto durmo novas grafias transformem palavras em dias. Faz-me falta calendário, em branco, para prolongar presentes e colmatar passados, ali, com o futuro ao virar da folha rasgada pelo picotado.
 Cobre-se a vida na candura   o branco   e o invisível que perdura,   sagrado   o dia espreguiça-se pela tarde   e é Deus   (de quem tudo tive)   que sussurra:   a vida é o que em nós Vive.  
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