À sombra de um aguaceiro, espero que o frio arrefeça só para sonhar com um fim de tarde sentado, aninhado, com o calor de um pequeno púcaro de café, as migalhas no colo, mãos aquecidas e um mundo húmido visto pelos meus olhos. Adormeço a contar pingos de chuva, cada vez mais distantes, até serem o ruído branco que me guia o espírito de volta a ti.
Cobre-se a vida na candura o branco e o invisível que perdura, sagrado o dia espreguiça-se pela tarde e é Deus (de quem tudo tive) que sussurra: a vida é o que em nós Vive.
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