Aninho-me em torno de mim mesmo, puxo o cobertor e espero que me aqueça enquanto a chuva vai caindo timidamente, uma gota aqui, outra ali. O vento traz novas de Outono, nuvens pintadas de cinzento e azul, um caderno, um uivo e um desejo realizado. Que bom o presente de ontem ser hoje passado.
Cobre-se a vida na candura o branco e o invisível que perdura, sagrado o dia espreguiça-se pela tarde e é Deus (de quem tudo tive) que sussurra: a vida é o que em nós Vive.
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