Gosto da forma como as pessoas, daqueles com muita gente dentro, se entrega de corpo e alma àquilo de que se fazem os sonhos concretizados. Há-os. Por aí, à espera de quem os abrace e se deixem pertencer a quem deles nada quer, além de vivê-los.
Guardo o olhar que choveste, deixo as nuvens florirem nos pastos faustos do destino, tacteio mãos e escuridões em busca de um dorso com outras mãos. Curvam-se as curvas da estrada e as margens que me separam da madrugada. Empobrece-me o nada à sombra e resguardo da minha alçada, no noctívago sentimento de aguardar, à candeia ténue da Lua, o suspiro inaudível da vida no meu peito a ancorar...
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