Encosto a cabeça a esta luz mortiça
e deixo-me adormecer pelas palavras,
enquanto o amanhã não se espreguiça
saboreio a sombra da caneta
a vela apagada (o que sonha?)
e o som da erva molhada que se deixa cegar.
Nomeio-te, simplicidade, meu lar,
um leito de folhas amarelas
o corpo quente de encontro a mim
o baldio dos meus pensamentos por arar.
Sim, é apenas sem nada, que consigo viver
sem respirar.
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