Vou brincando com o mundo na palma da mão, rolando como se um berlinde fosse, enquanto não o solto por aí e, correndo, me vá divertir vendo-lhe as voltas e baldrocas, até me lembrar de saltar para ele, só para me sentir gente novamente.
Guardo o olhar que choveste, deixo as nuvens florirem nos pastos faustos do destino, tacteio mãos e escuridões em busca de um dorso com outras mãos. Curvam-se as curvas da estrada e as margens que me separam da madrugada. Empobrece-me o nada à sombra e resguardo da minha alçada, no noctívago sentimento de aguardar, à candeia ténue da Lua, o suspiro inaudível da vida no meu peito a ancorar...
Comentários