Anos em minutos,
uma existência de hiatos
e chãos encardidos,
sinos que cambaleiam melancolicamente
e trovejam badaladas, pela atmosfera conspurcada da cidade,
cansadas
de serem tempo.
É cansada que esta locomotiva empurra o ar à sua frente,
vai cheia e, talvez por isso,
sussurra a espaços a sua triste sina
num monocórdico monólogo demente
entre o frio ferroso carril
e a electricidade que a encima,
vai só,
febril.

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