Gostava que o atravessado de um arame pelas folhas de uma videira trespasse também, em mim, a vontade de ser bago, deixar-me pintar pelo tempo, sem que suassem em mim sombras de dias que se vivem apenas ao anoitecer. Louve-se o céu transmontano, que me deixa mais perto de ser estrela.
Cobre-se a vida na candura o branco e o invisível que perdura, sagrado o dia espreguiça-se pela tarde e é Deus (de quem tudo tive) que sussurra: a vida é o que em nós Vive.
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