M(atad)ouro

Pela calada da noite, enquanto dormes, apoderam-se de todo o vazio que possuis para te possuírem. 
Entram pelos olhos, sem que os vejas. 
Pensas pensar, mas de ti apenas o eco vago do circo, do pão, de uma vida inteira que te passa a correr para te vestir de ouro, quando na verdade te guiam pelo matadouro.

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