Desces cansado pelo mar dentro, como quem se deixa afogar por não ter por onde nadar.
De redondo, o mundo, enche-se de quadriculadas mentes.
Que cegueira nos tolda a certeza de ter vida além do sol, das estrelas. Quantas pontilhadas luzes se ocultam no céu escuro, com medo de brilhar. Escondem entre si os olhares de quem se transformou em luz, vedam-nos a descoberta de sermos além, até que o descobramos no nosso derradeiro sopro de ar, no desprender brusco de quem nunca se soube eterno.
Aguardarei por ti, Sol, no mar onde te afogas, para que me ensines a nadar nos meus passos inseguros pelos raios prateados que penso serem água.

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