Gosto de gostar e pelo acto de as estrelas brilharem porque sim. 
Afinal, a vida é um corropio, um novelo que se desenlaçou sabendo que não tem fim.
É a conclusão a que chego,
por entre estes dias onde me esfrego,
que ser-se para viver é gostar 
pelos quadros todos 
mesmo querendo estrelas almejar,
é nos dementes e nas suas quietudes a rodos
que sei a luz exaurida
cheguei há uns meses cá desenlaçando-me
por saber que não me tenho fim
e por nascer, estou já de partida.

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