Há algures um monte, fora destas paredes onde se enclausuram sonhos, coberto por feno acabadinho de cortar, onde guardo no bolso das calças um bloco sujo prenhe de rabiscos que nunca viram palavras e tiro de mim toda a vontade de ser sobreiro. 
Pelos vales que nos ocorrem enquanto soçobramos, pernoitam debaixo da capa estrelada que o universo sarapinta, encostados às cascas mornas das oliveiras, sandaliados os pés frios e poeirentos, para saber adormecer com o respirar da terra que o vento parece querer reproduzir.

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