Deu-me hoje a saudade de momentos pintados, trocados em mão-de-obra, pelo carregar de uma placa, pela apanha de uma batata, pelo pó nas frontes e os sorrisos no final de um dia de trabalho, a jorna, o arroz e o feijão e o vinho à socapa. No final, um aperto de mão, uma palmada nas costas, um sorriso mais sincero e menos roupas, menos sapatos, o essencial apenas, talvez porque não era necessário colar nada ao corpo para sentir-se vestido por dentro.
Sem pressa de viver os dias pareciam maiores, sobravam horas para se ler a uma luz farrusca, a ignorância era o conhecimento sem a hipertecnologia que vai nos arrastando dimensionalmente, de trás para a frente, quando o caminho deveria ser feito para cima.
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