Andas de poesia, enquanto outros caminham pela chuva, sem se lembrarem da placidez que a memória, adormecida pelo tempo, traz de cada vez que este globo se acerca da órbita de um só homem. A vida foi-se, perdida, pelas promessas revolucionárias ou, simplesmente, pelas revoluções prometidas. Subjugam-se eternamente, na crença que um estado, um governo, um grupo de pessoas reunidas em torno de algo, possam trazer a segurança, a realização e a felicidade. Mais seguro, real e feliz é (tentar, sempre) perceber o porquê do porquê, no escuro, na luz, na sombra ou no despertar do dia, que ser-se apenas o que É é o suficiente, por muito que te espreitem a etiqueta, a extensão do currículo, o veículo ou o falar, que te arremessem a exactidão científica, a prova cega e cabal, o juro e a acção, não a boa, a bancária, sem ser ou não ser, pelo medo e pela fé. Andas de poesia. Não, não andas, voas.

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