Sento-me na idade
e meço cada golfada de ar como as Primaveras que privei de um sorriso,
inócuos os dias
e a verdade
em que teimo despontar das vozes que auscultam,
sem fronteiras
calcorreio calçadas como zumbidos laterais que desnorteiam.
Pé, atrás de outro pé,
em caminho que espírito desconhece
vou sorvendo canteiros e folhas que se desprendem da vida,
enquanto não se apaga o pavio
e a luz,
que ainda pela madrugada me sorria,
vai adormecendo-me como quem inspira
enquanto outro de mim se faz dia.

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