Sonhei, agora, que as palavras escondidas tinham a força de mil olhares e o céu, cansado do azul, desceu à terra em tons de laranja, longe das fronteiras e da liberdade, sorrindo pelos lábios de um jardineiro que, aproveitando o primeiro dia de sol depois de um outro dia, sorvia às golfadas água, que escorria pela face e, ao cair, olhava como criança para as calças e botas caldoverdeadas da relva recém ceifada.

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