Pouco resta da noite que o sono das flores que se fecham ao dia para beberem das memórias do que viram. Os suspiros que me chegam são as vozes que calei ao não escrever, também, o que me susteram. Uma rima vale pela vida. E eu trocava todas as minhas por uma noite ao relento, assobiada pela lareira a amortalhar, a adormecer sobre o meu caderno, vazio.
Cobre-se a vida na candura o branco e o invisível que perdura, sagrado o dia espreguiça-se pela tarde e é Deus (de quem tudo tive) que sussurra: a vida é o que em nós Vive.
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