Choveu, como quem se espreguiça, fazem-me falta os trovões, o imponente barulho murmurado da Natureza, como quem se senta no colo da vida e espera, três, dois, um, outro trovão. Nada de relâmpagos, as nuvens que se afoitam e se iluminam para ver saltar a faiscada fugiram e eu, sentado no colo da vida, encosto-me a ela, fecho os olhos e espreguiço-me, como quem se choveu.
Cobre-se a vida na candura o branco e o invisível que perdura, sagrado o dia espreguiça-se pela tarde e é Deus (de quem tudo tive) que sussurra: a vida é o que em nós Vive.
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Abraço do Zé