Tens na página o fim
o ocaso das letras urdidas,
em ti, papel, meu jardim
dos meus dias
com todas as minhas vidas.
Fecho-te ao abandono
ao tempo que te irá ler
e reler,
ao pó cadente na tua lombada
o meu dedo
um sonho sem abrigo
descalço
comigo
sem mais nada.
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