Que fazer com todos eus que vagabundam em mim, saudando palavras que desconheço, enquanto se desembrulham os dias e os pinheiros agridem o vento.
Espremo as letras, escorrem-me em linhas desenvoltas em todos os crepúsculos que me horizontam.
O mundo cabe-me numa gota de suor, transpira-se em cada golfada de ar que me enche o invólucro.
Orbito o universo e mesmo assim toda a vida me parece pequena, todo o momento fugaz, todo o início de uma frase o princípio de um silêncio, porque apenas a mudez me sacia a sede de ouvir o inefável.
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