Tive o tempo como aliado, nas infinitas tarde ao relento, quando me brindava a idade com ternos e suculentos pomares de brincadeiras. Hoje caminha-se para o que não se sabe escrever, ladeia-se o mundo com taipais e erguem-se perpendiculares muralhas que impedem a obtusidade de se exprimir. Hoje sou o tempo e nele me saliento, para que lentamente se encontre um aliado, porque hoje, apenas hoje, o relento sentou-se a meus pés e começou a brincar desajeitadamente, como se nunca me tivesse visto devanear.
Cobre-se a vida na candura o branco e o invisível que perdura, sagrado o dia espreguiça-se pela tarde e é Deus (de quem tudo tive) que sussurra: a vida é o que em nós Vive.
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