Sussurra a altos gritos que devaneios te serenam. Permite-te ser dono do ar que respirar, gaba-te da tua humildade. Tumultua as águas paradas, fétidas, para que as ondas levem a lava que te afunda a embarcação.
Guardo o olhar que choveste, deixo as nuvens florirem nos pastos faustos do destino, tacteio mãos e escuridões em busca de um dorso com outras mãos. Curvam-se as curvas da estrada e as margens que me separam da madrugada. Empobrece-me o nada à sombra e resguardo da minha alçada, no noctívago sentimento de aguardar, à candeia ténue da Lua, o suspiro inaudível da vida no meu peito a ancorar...
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