Sorri. Quando os primeiros, mas grossos, pingos começam a cair, ele simplesmente encosta a vassoura a um caixote do lixo, dá uns quatro passos, dirige-se ao carrinho do lixo, retira o colete e veste o impermeável. Coloca o capuz, dá novos quatro passos, agarra novamente na vassoura e continua a varrer o lixo, sarrabiscando as ruas com o piaçaba. Sorri.
Cobre-se a vida na candura o branco e o invisível que perdura, sagrado o dia espreguiça-se pela tarde e é Deus (de quem tudo tive) que sussurra: a vida é o que em nós Vive.
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