Não sei já onde colocar os agoras, todos os antes que se anunciam a cada amanhecer, todas as eras que se dissolvem em cada espelho, o ser o que foi, galgando os dias como vidas, sem que se viva um dia sequer, apenas porque o tempo, como sempre criança, vai rodopiando como um pião, na palma da minha mão.
Cobre-se a vida na candura o branco e o invisível que perdura, sagrado o dia espreguiça-se pela tarde e é Deus (de quem tudo tive) que sussurra: a vida é o que em nós Vive.
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